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HISTÓRIA DO VINHO DO PORTO

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Os primeiros relatos de vinho da região do Douro aparecem nos escritos gregos, onde descrevem habitantes locais a consumir vinho, há mais de dois mil anos atrás. Desde esse tempo que se faz nas encostas xistosas do Vale do Douro, vinhos excecionais. Mais do que só mais um vinho, o Vinho do Porto é toda uma herança histórica de trabalho e experiências de saber e mestria de arte vinícola, que o elevaram a um dos símbolos máximos de Portugal no Mundo, tornando-se um “Embaixador” do País.
 
Apesar de ser sido produzido durante todo o tempo até à criação de Portugal como País em 1143, só depois dessa data é que começou a exportação de vinho da região do Alto Douro.
 
O Tratado de Windsor, de 1386, o tratado comercial, político e militar mais antigo do Mundo, ainda em vigor, permitiu aos comerciantes de ambos os países, comercializar os seus produtos, com direitos iguais, nos dois territórios. Isso trouxe muitos comerciantes Ingleses para Portugal que aí começaram a viver e a estabelecer família.

 

 

fotografia proveniente do website www.taylor.pt

 


No fim do Séc. XVII, devido a desentendimentos entre Inglaterra e França, esta última, impõe restrições à importação de bens ingleses, o que faz com que esses, aumentem os impostos aos vinhos franceses, forçando os ingleses a procurar vinhos noutro local. Esse local foi a região do Douro e os comerciantes ingleses de Viana do Castelo viram a oportunidade de negócio como uma maneira de prosperidade comercial.
Porém os vinhos da região de Monção e Melgaço não eram de total agrado dos consumidores do Reino Unido, fazendo que fossem procurar vinho mais para o interior do Vale do Douro. Para além dos Ingleses, também se estabeleceram na região, comerciantes da Alemanha e Holanda.
 
Após começarem a estabelecer-se na região do Douro, depararam-se com o problema de ser muito complicado transportar o vinho por terra até Viana do Castelo, adotando o Rio Douro como via preferencial de transporte do vinho proveniente das encostas das suas margens.
Essa viagem faria com que a cidade do Porto se tornasse na última paragem do vinho antes da longa viagem para o Reino Unido e outros Países. O vinho tomou o nome da cidade de onde era exportado e é a razão pela qual dizemos, Vinho do Porto.
 
Uma das razões amplamente referidas para a propagação do Vinho do Porto, foi o de se adicionar Aguardente Vínica para diminuir a fermentação do vinho no trajeto marítimo, o que fez com que ficasse mais forte, mas ao mesmo tempo mais doce do que o vinho normal, conquistando mais apreciadores. Porém esta prática não era usada por todos e só mais tarde o processo de adição de Aguardente foi generalizado, ficando a ser parte indispensável da produção de Vinho do Porto como o conhecemos hoje.
 
O Tratado de Meuthen de 1703, também conhecido como o Tratado dos Panos e Vinhos, teve particular importância, pois permitiu aos Ingleses aumentar a exportação de vinho para o Reino Unido, e que por sua vez permitiu estabelecer privilégios aos comerciantes têxteis Ingleses, ação que prejudicou a própria industria têxtil portuguesa, mas aumentou a exportação de vinho e alguns outros produtos, o que ajudou ao desenvolvimento da região do Alto Douro.
 
Nos meados do Séc. XVIII, depois de anos de boa produção e exportação, uma crise comercial, onde os ingleses afirmam que muitos dos vinhos não são legítimos, faz com que os mesmos pressionem o governo na proteção dos seus interesses, levando à criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em 10 de Setembro de 1756, pelo Ministro de Estado, Marquês de Pombal.


 

fotografia proveniente do website www.taylor.pt

 


Marquês de Pombal, teve a árdua tarefa de organizar toda a reconstrução dos estragos provocados pelo terrível terremoto de 1 de Novembro de 1755. Muitas medidas foram tomadas, e uma delas foi a de ajudar o País também através do desenvolvimento do vinho na região do Douro, fazendo ao mesmo tempo uma ação fiscalizadora de qualidade, protegendo assim o genuíno vinho do porto.
 
É feita a primeira “Demarcação de Serras”, através da colocação de 335 marcos de pedra, os chamados marcos pombalinos, na Região, passando esta a chamar-se de “Feitoria”. Razão pela qual, na altura, os vinhos de topo se chamavam de Vinhos de Feitoria, passando a ser os únicos vinhos elegíveis de serem exportados.
 
Aparecem as primeiras garrafas de vidro com as formas que conhecemos hoje e que permitiu assim começar a envelhecer vinhos na garrafa, possibilitando o nascimento do mais clássico Vinho do Porto, o Porto Vintage, que fez a sua estreia em 1775.
 
O transporte fluvial era uma árdua e perigosa viagem, o Douro sem barragens, era um rio perigoso, cheio de “rápidos” e rochas que ameaçavam as embarcações. Para o tornar mais facilmente navegável, um dos primeiros grandes desafios, foi o retirar das enormes lajes de pedras do local de Cachão da Valeira, trabalho concluído em 1791.
 
Mesmo com a via marítima agora mais fácil, navegar no Douro continuava a ser perigoso, e a necessidade fez com que fosse criado uma embarcação que se adequasse melhor ás condições do rio. Criou-se então o famoso Barco Rabelo, hoje um dos símbolos conhecidos aliados ao Vinho do Porto, e que devido ao seu fundo plano, grande leme e vela permitia manobras mais rápidas e precisas pelo seu trajeto.
 
O Séc. XIX, a partir da segunda metade, é outro tempo difícil para os produtores que se vêm a mãos com o oídio na década de 50 e com a terrível filoxera na década seguinte e que destrui muitas culturas e levou à ruina muitos produtores. Porém, e apesar de todos os problemas das doenças da vinha e o seu impacto a nível geográfico local, uma crise comercial devido às fraudes de vinho do Porto e do impacto que a filoxera teve na região faz com que os seus habitantes passem mais uma vez por um período de miséria e fome aliado à desorganização comercial.
 
Já no Séc. XX, em 1926 é criado o Entreposto de Vila Nova de Gaia, que acabaria com o comércio direto desde as Quintas existentes na região e faz com que todos os vinhos tenham de ser envelhecidos nas caves das empresas na cidade.
 
Os Vintage ganham cada vez mais notoriedade internacional e alguns novos vinhos são introduzidos no mercado, Branco Seco e outros. Em 1933 é criado o Instituto do Vinho do Porto, para proteger, regular e controlar a qualidade dos vinhos da região.
 
Durante o resto do Séc. XX, a região desenvolveu-se mais e apareceram outros estilos de vinho do Porto, como é o caso do Late Bottled Vintage, lançado nos anos 70, assim como os vinhos com indicação de idade, 10, 20, 30 ou 40 Anos.
 
Os diferentes estilos de Porto, fizeram com que chegasse a muito mais apreciadores, cimentando a sua reputação como vinho de excelência.
 
Hoje, o Vinho do Porto chega ao Mundo todo, sendo conhecido e apreciado por milhões, que ao saborearem, qualquer que seja o estilo, estão a saborear um pedaço de história e cultura de Portugal e o resultado de séculos e séculos de aprendizagem e mestria na arte de bem fazer vinho.
 

 

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Manuel Tavares - Garrafeira e Mercearia Fina
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